Pelourinho de muitas histórias e mistérios

É impossível falar de história, de cultura, de baianidade, sem falar do Pelourinho, o coração do C entro Histórico de Salvador. Por suas ruas estreitas e enladeiradas, calçadas com pedras “cabeça de nego”, está a própria formação da cidade, a sua história, o seu povo. Ah, e muitos mistérios.

Encravado entre igrejas, casarios coloniais e berço da cultura negra da cidade, por onde andavam as quituteiras (as atuais baianas do acarajé) e onde escravos carregavam seus senhores, o Pelourinho era um bairro de classe alta até o início do século XX, por estar próximo ao centro do poder municipal da cidade – o Paço Municipal, onde ficam até hoje a sede da Prefeitura e Câmara dos Vereadores.

Tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, o conjunto  de casarios coloniais do Pelourinho hoje abriga uma diversidade de manifestações culturais, onde se destacam o Afoxé Filho de Gandhy e o Bloco Afro Olodum. Mas é ali também que está a Casa de Jorge Amado, um museu que guarda um importante acervo literário e cultural de um dos maiores escritores do Brasil, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, uma das primeiras a realizar as celebrações com a participação das mulheres de santo.

Popularmente chamado de Pelô, está, intimamente ligado à história da própria cidade, fundada em 1549, por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil. O local foi considerado estratégico para a defesa da cidade, por estar próximo ao porto e numa área de elevação abrupta do terreno, de onde se pode descortinar boa parte da cidade e da Baía de Todos os Santos.

Com o reconhecimento pela Unesco, como Patrimônio Histórico da Humanidade, o Pelourinho foi revitalizado e se transformou num grande centro de efervescência cultural, atraindo atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador. Há uma concentração de bares, restaurantes, boutiques, museus, teatros, igrejas e outros monumentos de grande valor histórico.